Sobre a neo-ortodoxia, palavras e símbolos e reflexos;
"Para a nova teologia, a utilidade
de um símbolo tem relação direta com sua obscuridade. Existe conotação, como na
palavra deus, mas não há definição. O
segredo da forca da teologia neo-ortodoxa é que os símbolos com conotação de
personalidade dão uma ilusão de singnificado, e como consequência disto ela
parece ser mais otimista do que o existencialismo secular. É difícil encontrar
um exemplo melhor disto do que a frase de Paul Tillich: “Deus por trás de Deus.”
No primeiro momento, esse
conceito dá o sentimento de espiritualidade. “Eu não peço respostas, eu apenas
acredito.” Isto soa espiritual, e isto decepciona muitas pessoas boas.
Frequentemente são jovens que não se satisfazem apenas em repetir as frases do statos quo – seja ele intelectual ou
espiritual. Eles se tornaram insatisfeitos com uma ortodoxia obtusa, empoeirada
e introvertida criada apenas para repetir bordões muito conhecidos. A nova
teologia soa espiritual e vibrante, e eles são capturados pela armadilha. Mas o
preço que pagam por algo que parece ser espiritual é alto, pois operar no andar
de cima usando termos religiosos sem definição é falhar em conhecer e funcionar
no nível do homem por inteiro. A resposta não é solicitar a essas pessoas que
voltem à pobreza do statos quo, mas
que voltem a uma teologia viva que se preocupa com o homem como um todo,
incluindo o racional e o intelectual, em sua relação com Deus."
Francis Schaeffer
O Deus que intervém
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