28 de jan. de 2009

Meu Deus Brevemente Descrito - 1














O texto é de Kyle Baker com tradução do Felipe Sabino - http://www.monergismo.com/ - e vou postar esses dias alguns traços de opinião que compartilho desse breve texto.
Hoje, sobre a onisciência divina. Podemos lembrar do Salmo 139 e meditar nesse dia sobre esse atributo do Deus verdadeiro.




Meu Deus Brevemente Descrito


Kyle Baker
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1

Meu Deus é um Deus onisciente. Isso parece óbvio para alguns – de
fato, é algo professado amplamente até mesmo por “cristãos” apóstatas. Contudo, a verdadeira natureza da onisciência de Deus não é plenamente entendida por alguns. O crente comum provavelmente irá afirmar que Deus
conhece tudo por que ele investiga o futuro a fim de observar as coisas que
acontecerão, e por causa dessa previsão, ele sabe tudo o que ocorrerá.

Quantos de nós diríamos o mesmo?

Alguns podem não cometer o engano de dizer que Deus examina o futuro. Pelo menos eles reconhecem que Deus está eternamente fora do tempo e não tem nenhum “futuro” para o qual olhar a partir da sua perspectiva. Apesar desse reconhecimento, Deus ainda é descrito como PROCURANDO cumprir seu conhecimento onisciente. Deus ainda está dependendo da OBSERVAÇÃO para aprender coisas que estejam fora dele.
O que esse entendimento faz com a onisciência de Deus? Por exemplo,
ele torna o seu conhecimento dependente da sua criação. Se Deus olha para o
futuro a fim de saber o que o futuro reserva, então ele depende de sua própria
criação para chegar ao conhecimento de uma verdade. Se ele depende do que
criou para conhecer as coisas, então a própria criação de Deus supre a Deus
com conhecimento! Como resultado, não pode ser dito que Deus é onisciente
em e de si mesmo, fora da criação.

Antes, deveríamos entender que onisciência deve ser um atributo
autocontido de nosso Deus, vindo dele e dependente somente dele mesmo,
não da sua criação.

Is. 46:8-12: “Lembrai-vos disto e tende ânimo; tomai-o a sério, ó
prevaricadores. Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu
sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a
mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a
antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu
conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a
ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do
meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este
propósito, também o executarei. Ouvi-me vós, os que sois de obstinado
coração, que estais longe da justiça”.

O SENHOR aqui revela a verdade da questão. Deus é onisciente
porque ele é aquele que planeja e certamente cumpre o que planejou. Ele não olha para o futuro a fim de descobrir a verdade, mas DETERMINA ele mesmo a verdade, à parte do tempo ou da criação. Seu propósito permanecerá e ele DECLARA o fim desde o princípio. Ele não aprende o fim desde o princípio, mas declara e determina-o. Deus é onisciente por que planejou o curso deste mundo desde os menores e atômicos movimentos. Seu plano perfeito é onisciente, pois o próprio plano implica e necessita o cumprimento desse plano. Jó disse ao SENHOR: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2)
Um exemplo pode ser benéfico. Assumamos que o sol aparecerá
amanhã. Deus APRENDE que o sol surgirá amanhã porque o sol estará
surgindo amanhã, ou Deus já propôs e causou que o sol surja amanhã? Se ele
propôs e causou o sol surgir, então certamente não precisa observar o sol para
conhecer oniscientemente a verdade sobre o nascer do sol.