19 de mai. de 2012

O que dizer no 34o ano.

"Até quando,  Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças?
Até quando gritarei a ti: “Violência!”sem que tragas salvação?
Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade?
A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado.
Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. 
Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida."
                               
 Profeta Habacuque


Na última quinta estudamos um pouco sobre a vida de Habacuque e fiquei mais fã ainda do cara e principalmente embasbacado com Deus. Acho fantástico como Deus é gigantesco, poderoso, entre outros atributos e como gosta de revelar isso. Afinal Ele é Deus é precisa mesmo ser assim. Ler o Antigo Testamento dá muito essa perspectiva e curto muito ver essa compreensão nos personagens bíblicos. 

Mas voltando à palavra inicial de Habacuque, você não se identificou? As palavras não servem para o nosso tempo, nosso povo, nossos dias?
Claro que servem! 

A indignação de Habacuque era desespero puro. A calamidade, violência, corrupção por todos os lados angustiavam o coração do profeta, que então grita para Deus, para ter alguma resposta, se Deus não estava atento a tudo aquilo que no fim das contas era uma grande ofensa aos seus princípios santos. Postura semelhante a de qualquer um que já não veja mais pra onde correr.

Algumas informações nos são passadas de extrema importância. Abaixo:
1. Deus responde ao profeta
2. Deus estava ofendido com a corrupção geral.
3. Deus promete corrigir seu povo.
4. A Babilônia seria usada para corrigir o povo desobediente.

Isso espanta Habacuque pois o império babilônico era impetuoso e massacrava os povos dominados.
A perguntar que fica: Seremos exterminados e um povo sanguinário, que não serve a Deus subsistirá pra sempre? Deus cuida de expor ao profeta que os babilônicos não dominariam pra sempre. Seriam derrotados por outro povo e pagariam por sua maldade. Deus não perdeu o cuidado com todos os detalhes em nenhum momento.

Isso impacta tremendamente a Habacuque. Quase que meio capítulo é dedicado à exaltação a Deus através de trovões, rios, cavalos, montes tomados para destacar tamanho poder, domínio, envolvimento, santidade, cuidado, zelo, amor, justiça, atributos de um Deus verdadeiro.
Habacuque então termina: 

"Ouvi isso, e o meu íntimo estremeceu, meus lábios tremeram; 
os meus ossos desfaleceram; minhas pernas vacilavam.
Tranqüilo esperarei o dia da desgraça, que virá sobre o povo que nos ataca.
Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral
nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei
no Deus da minha salvação. O  Senhor, o Soberano, é a minha força;
ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos." 

Viram como foi tranformado o espírito do profeta? Contemplar a grandeza de Deus mudou a percepção e concepção de Habacuque de tal forma que ele cresceu em fé, em convicção. 

Os povos antigos que viviam dos cuidados com lavouras, animais, viam uma boa terra, uma boa safra ou uma boa criação de animais como a bênção declarada dos seus deuses e com os judeus também era assim. Apontar o caos por todos os lados como Habacuque faz nesse último trecho é o mesmo que dizer: 

Ainda que todas as evidências digam não, eu EXULTAREI EM DEUS! Me alegrarei no Deus que me salva.

Nos meus 34 anos era tudo o que eu precisava compreender e viver.
Obrigado meu Deus por tudo que és e fazes todo segundo em meu viver. É maravilhoso ser cuidado por ti, mesmo quando eu não vejo. 
Vou exultar!

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